quarta-feira, setembro 05, 2007

Web 2.0

Neste trabalho decidi falar da Web 2.0 (propósito principal) evidenciando algumas características que a distinguem a Web 1.0 e 3.0.

O conceito Web 2.0, emergiu em 2004 numa série de conferências realizadas pela O’Reilly Media e pela MediaLive International. Mas, tal conceito não aparece com uma definição exacta. O seu defensor O’Reilly caracterizou a terminologia com algumas premissas básicas, das quais se destacam:
- a Internet como plataforma isto é, desde que o computador esteja ligado à Internet, o utilizador pode processar, produzir e consumir informação;
- melhor experiência do utilizador, com a combinação das diferentes tecnologias (aplicativos Web) é facilitado ao utilizador a possibilidade não só de “consumir” informação como também de publicar a informação que entender, são exemplos disso os blogs, as wikis, o que promove o efeito colaborativo e a partilha de informação entre os diferentes utilizadores;
- fim dos ciclos de lançamento e actualização de softwares tradicionais, ou seja os aplicativos Web podem ser actualizados de forma constante e independente do utilizador final, o que permite benefícios directos sem qualquer trabalho/preocupação adicional;

O que se evidencia com a Web 2.0 é a participação do utilizador na produção de conteúdos e na sua contribuição para a organização, classificação e apresentação da informação. O que se designa de Folksonomia ou seja democratização da classificação da informação. Neste processo, o que acontece é que quando os utilizadores escolhem as palavras chave, ou tags, num determinado “motor de busca”, ao clicarem numa das várias propostas (links) estão a contribuir para que haja posteriormente uma melhor classificação e apresentação da informação, por parte dos serviços, que percebem quais a opções mais populares. Entende-se que esta contribuição é muito positiva pois resulta de uma participação colectiva para classificar bem a informação. Sobre alguns exemplos desta nova geração Web 2.0, ainda que alguns considerem que não se trata de uma nova geração mas sim de uma evolução pode-se destacar o serviço do Google nas suas diversas aplicações: gmail, blogger, google sitemaps, notícias, writely; o serviço da Netvibes que nos permite criar uma página Web personalizada, de uma maneira bem prática a interativa.

Na geração da Web 1.0 apenas existia uma rede que interligava diversas plataformas, sendo que as páginas eram praticamente estáticas. Considera-se que foi a geração da implementação e popularização da rede em si.

Por sua vez a Web 2.0 refere-se a uma segunda geração, conforme já foi referido atrás, de serviços da Internet, em que a participação, descentralização, confiança no conteúdo dos utilizadores, interfaces de utilização ricos, mistura de conteúdos e a normalização e organização da informação são algumas das particularidades que a caracterizam.

Actualmente fala-se da Web 3.0, como a geração da Web semântica, a Web que passa a dar sentido aos dados. Sistemas que conseguirão não só apresentar o dado ou informação, mas dar contexto a esse dado (os metadados). O que se pretende é seja a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível na Internet. Este desenvolvimento está assim mais focado nas estruturas dos sites e menos no utilizador. Este poderá usufruir das vantagens da semântica de um site, como por exemplo fazer perguntas ao programa e ele será capaz de responder eficientemente e, espera-se, de forma inteligente.

Como nota final apraz dizer que a mudança na World Wide Web ocorre a uma velocidade extrema. Se por um lado é fascinante este desenvolvimento, por outro, não deixa de ser preocupante que haja uma inteligência cada vez mais mecanizada!

Referências
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http://diariodigital.sapo.pt, consultado a 20-12-2006
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http://wikipedia.org/wiki/web_2.0, consultado a 20-12-2006
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http://wikirus.com.br/web_3.0, consultado a 26-07-2007